10 ago A Indústria de Dermocosméticos e Cuidados com a Pele: a revolução das nanopartículas de prata
As nanopartículas de prata são materiais com tamanho menor que 100 nm e podem ter diferentes formas, como esferas, bastões e dendritos. Essas partículas possuem características únicas que as distinguem de compostos químicos similares. Elas ocorrem naturalmente em estruturas como alérgenos, microrganismos (vírus e bactérias) e até mesmo em erupções vulcânicas. No corpo humano, existem nanoestruturas essenciais para o seu funcionamento normal, como enzimas, proteínas, anticorpos e DNA. Além disso, algumas substâncias presentes no ambiente industrial, como fumaça e poeira, podem gerar nanopartículas presentes no ar.
A história das nanopartículas sintéticas remonta a 4.500 anos, no antigo Egito, onde as primeiras nanopartículas provavelmente foram utilizadas para tingir tecidos, como o famoso “azul egípcio”. Desde então, foram desenvolvidas diversas categorias de nanopartículas, incluindo materiais feitos de carbono, inorgânicos, orgânicos e compostos químicos. Essas nanopartículas têm sido cada vez mais aplicadas na indústria de cosméticos, devido à sua grande relação entre superfície e volume, conferindo propriedades físico-químicas, eletrônicas, ópticas, mecânicas, catalíticas e térmicas interessantes. Além disso, as nanopartículas facilitam a penetração na barreira da pele.
A revolução da nanotecnologia está transformando completamente os mercados de dermatologia e cosmetologia, trazendo benefícios incríveis para os produtos de cuidados com a pele. As nanopartículas, como as de prata, estão sendo utilizadas para aprimorar a eficácia dos tratamentos e proporcionar resultados excepcionais. Essas partículas minúsculas possuem propriedades únicas que permitem uma penetração eficiente e resultados impressionantes.
Ao serem incorporadas em produtos de cuidados com a pele, as nanopartículas de prata oferecem uma série de vantagens. Elas possuem propriedades antioxidantes e antibacterianas, auxiliando no combate à acne e outras condições de pele causadas por bactérias. Além disso, essas partículas promovem uma hidratação profunda, reduzem rugas e manchas, e proporcionam uma proteção eficaz contra os danos causados pelos raios UV.
A capacidade de penetração das nanopartículas de prata na pele é impressionante, permitindo a absorção eficiente dos ingredientes ativos e proporcionando resultados visíveis. Além disso, essas partículas também aprimoram a liberação controlada de medicamentos, garantindo benefícios entregues de forma gradual e prolongada.
Os dermocosméticos com nanopartículas de prata são especialmente indicados para o tratamento da acne, redução de rugas e linhas de expressão, clareamento da pele e proteção solar avançada. Além disso, eles oferecem a vantagem de serem seguros e eficazes, graças aos estudos e regulamentações que garantem a qualidade e segurança desses produtos.
Apesar de todos esses benefícios, é importante destacar que a segurança é uma preocupação. Estudos estão sendo conduzidos para assegurar que as nanopartículas de prata sejam seguras para uso humano e não causem danos ao meio ambiente.
No futuro, a nanotecnologia promete avanços ainda maiores, como a síntese biogênica de nanopartículas, que elimina o uso de substâncias tóxicas e prolonga a ação dos produtos.
Como resultado, as nanopartículas de prata estão se tornando cada vez mais populares na indústria de dermocosméticos, sendo utilizadas em cremes, loções, séruns e outros produtos de cuidados com a pele. Com seus benefícios comprovados e eficácia notável, essas partículas estão elevando os padrões da indústria e proporcionando uma experiência única aos consumidores que buscam resultados visíveis e uma pele radiante.
Fonte:
“Nanoparticles for Topical Application in the Treatment of Skin Dysfunctions—An Overview of Dermo-Cosmetic and Dermatological Products” – International Journal of Molecular Sciences
Autores: Magdalena Raszewska-Famielec e Jolanta Flieger / Instituições: Faculdade de Educação Física e Saúde, Universidade de Educação Física Akademicka (Polônia) / Departamento de Química Analítica, Universidade Médica de Lublin (Polônia)
https://www.mdpi.com/1422-0067/23/24/15980
